{"id":31683,"date":"2022-03-04T15:12:24","date_gmt":"2022-03-04T18:12:24","guid":{"rendered":"https:\/\/www.axisinstituto.com.br\/blog\/?p=31683"},"modified":"2023-02-02T16:50:32","modified_gmt":"2023-02-02T19:50:32","slug":"fratelli-tutti-carta-papa","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.axisinstituto.com.br\/blog\/fratelli-tutti-carta-papa\/","title":{"rendered":"Fratelli Tutti \u2013 A carta do Papa Francisco para todos"},"content":{"rendered":"\t\t
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(Por Adilson Souza, MSc)<\/i><\/p>\n
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Na Fratelli Tutti<\/strong><\/em>, o Papa Francisco se diz inspirado por S\u00e3o Francisco, o mesmo que o inspirou \u00e0 Laudato Si<\/strong><\/em>. E na atual, Fratelli Tutti<\/a><\/strong><\/em>, ele vem falar de fraternidade (irmandade) e amizade social (todos como amigos, desde as periferias at\u00e9 o centro das grandes decis\u00f5es e quest\u00f5es existenciais).<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A fraternidade tem a ver com abertura a todos, uma dimens\u00e3o universal. Assim, sendo t\u00e3o ampla, sup\u00f5e um contato profundo, uma amizade que envolve toda a sociedade. O Papa deixa claro que a inspira\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Francisco o leva a escrever, por\u00e9m, com suas convic\u00e7\u00f5es pessoais, mas desejando que a reflex\u00e3o leve \u00e0 abertura de di\u00e1logo com todos<\/strong>.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A enc\u00edclica estava sendo elaborada quando do surgimento da pandemia<\/a> do coronav\u00edrus. O Papa aproveita para chamar a aten\u00e7\u00e3o do mundo para as falsas (ou supostas) seguran\u00e7as, dada \u00e0 incapacidade de agir em conjunto dos diversos pa\u00edses (e mesmo dentro das na\u00e7\u00f5es, como vimos no Brasil).<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Falando de fraternidade<\/strong>, o Papa destaca a import\u00e2ncia de caminharmos juntos, pois, segundo ele, ningu\u00e9m pode enfrentar a vida isoladamente, \u00e9 junto que constru\u00edmos os sonhos.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A enc\u00edclica<\/strong> \u00e9 dividida (e somada) em 8 cap\u00edtulos, sobre os quais discorreremos a seguir.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Inicia-se pelas \u201csombras dum mundo fechado\u201d, mostrando algumas realidades e tend\u00eancias do mundo atual que dificultam o desenvolvimento da fraternidade universal<\/b>. Aqui cabe chamar a aten\u00e7\u00e3o para as sombras. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Essas n\u00e3o s\u00e3o reais, n\u00e3o existem, dependendo sempre de algo para impedir uma claridade, luz, para s\u00f3 ent\u00e3o se \u2018materializar\u2019. Portanto, essas sombras estar\u00e3o mudando de lugar e forma, a depender da extens\u00e3o e for\u00e7a da luz e dos obst\u00e1culos que aquelas interp\u00f5em.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n \u2018Ele\u2019 (o Papa) explana, no decorrer do cap\u00edtulo I<\/strong>, sobre diversas sombras. Dentre essas, as guerras e seus fracassos, dado que os conflitos de guerra<\/strong> NUNCA contribuem, s\u00f3 destroem, tanto as pessoas, quanto os pa\u00edses e o meio ambiente como um todo.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Como sombras, temos no texto os poderes econ\u00f4micos que, ao inv\u00e9s de somar, dividem. Temos uma sociedade cada vez mais globalizada que nos tornou vizinhos, mas n\u00e3o nos tornou irm\u00e3os. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Na pol\u00edtica e no marketing utilizado na mesma sociedade, \u2018ele\u2019 fala da mesquinhez no jogo de desqualifica\u00e7\u00f5es do outro \u2013 amplamente constatado nas elei\u00e7\u00f5es americanas e no pleito eleitoral no nosso pa\u00eds \u2013 deixando de lado o esp\u00edrito do bem comum e focando nos interesses de uma minoria.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Tamb\u00e9m como sombras, o esgotamento de recursos e a aus\u00eancia de cuidado sob o prisma dos interesses de grandes grupos econ\u00f4micos, o que pode desembocar nas disputas e novas guerras, muitas vezes disfar\u00e7adas como \u2018nobres reivindica\u00e7\u00f5es\u2019 (\u201ca Amaz\u00f4nia <\/a>\u00e9 nossa\u201d).<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n As pessoas, neste mundo sombrio, n\u00e3o s\u00e3o vistas como valor prim\u00e1rio a respeitar, de maneira especial os menos favorecidos (pobres, deficientes, idosos, ind\u00edgenas, migrantes, mulheres, etc.). Nesta toada, constata-se que os direitos humanos n\u00e3o s\u00e3o iguais para todos, como h\u00e1 muito n\u00e3o se v\u00ea. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A carta circular Rerum Novarum<\/strong><\/em> do Papa Le\u00e3o XIII h\u00e1 quase 130 anos, a declara\u00e7\u00e3o dos direitos humanos h\u00e1 mais de 70, os encontros de Medell\u00edn, Puebla, Rio, Santo Domingos e Aparecida, que colocaram o pobre no centro, n\u00e3o t\u00eam efeitos pr\u00e1ticos e isso tamb\u00e9m \u00e9 sombra.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Sombra tamb\u00e9m \u00e9 a economia<\/a>, que privilegia uns poucos em detrimento da maioria, mesmo com in\u00fameros acordos estabelecidos, inclusive nas quest\u00f5es ambientais, onde a primazia do ter supera a l\u00f3gica do ser e da fraternidade.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Al\u00e9m de tudo, temos as persegui\u00e7\u00f5es por cren\u00e7as religiosas, por ideologia, por motivos raciais, de classe e tantos outros que assolam as minorias, estas, historicamente desprotegidas.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A esperada e sonhada estabilidade e a paz v\u00eam sustentadas por uma falsa seguran\u00e7a, baseada num cen\u00e1rio de medo e desconfian\u00e7a. Nesse v\u00e1cuo, que deixa as pessoas \u00f3rf\u00e3s do sistema justo e formal (estado), nitidamente pela aus\u00eancia de pol\u00edticas p\u00fablicas efetivas, surgem espa\u00e7os para as m\u00e1fias, mil\u00edcias, quadrilhas que \u2018ocupam\u2019 o lugar das institui\u00e7\u00f5es de direito que deveriam acolher e atender os leg\u00edtimos anseios daqueles que sofrem. Se assim n\u00e3o o fazem, algu\u00e9m toma este lugar e a desordem e fragilidades v\u00e3o sendo perpetuadas.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n O Papa \u00e9 claro e realista ao mencionar as inova\u00e7\u00f5es e progressos tecnol\u00f3gicos, mas estes, sem equidade e inclus\u00e3o social. E afirma, \u201ccomo seria bom se, enquanto descobrimos novos planetas long\u00ednquos, tamb\u00e9m descobr\u00edssemos as necessidades do irm\u00e3o e da irm\u00e3 que orbitam ao nosso redor.\u201d <\/strong>(31)<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A liberdade de mercado, como alguns pretendiam fazer-nos crer que seria suficiente para tudo garantir, se desnuda, e a redu\u00e7\u00e3o de \u201ccustos humanos\u201d avan\u00e7a, fazendo (ou devendo fazer) ressoar o apelo a repensar os nossos estilos de vida, as nossas rela\u00e7\u00f5es, a organiza\u00e7\u00e3o das nossas sociedades e, sobretudo, o sentido de nossa exist\u00eancia. (33)<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Ainda quanto \u00e0 COVID, \u2018ele\u2019 exclama, \u201coxal\u00e1 n\u00e3o seja mais um grave epis\u00f3dio da hist\u00f3ria, cuja li\u00e7\u00e3o n\u00e3o fomos capazes de aprender. Oxal\u00e1 n\u00e3o nos esque\u00e7amos dos idosos que morreram por falta de respiradores, em parte como resultado de sistemas de sa\u00fade<\/a> que foram sendo desmantelados ano ap\u00f3s ano\u201d (35). \u2018Ele\u2019 foca, literalmente, na ferida mundial exposta na pandemia.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Quanto aos fen\u00f4menos migrat\u00f3rios, \u2018ele\u2019 dispensa partes espec\u00edficas para t\u00e3o grave situa\u00e7\u00e3o e num excerto da enc\u00edclica cita que \u201cmuitos fogem da guerra, de persegui\u00e7\u00f5es, de cat\u00e1strofes naturais. Outros, com pleno direito andam \u00e0 procura de oportunidades para si e para sua fam\u00edlia. Sonham com um futuro melhor e desejam criar condi\u00e7\u00f5es para que se realize\u201d (37). <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n E o que seriam os interc\u00e2mbios, onde jovens de fam\u00edlias privilegiadas s\u00e3o enviados para estudar, aperfei\u00e7oar o idioma globalizante, sen\u00e3o oportunidades de melhoria de vida apoiadas e sustentadas por aqueles que ostentam condi\u00e7\u00f5es dessa poss\u00edvel mobilidade transnacional?<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A comunica\u00e7\u00e3o<\/a>, t\u00e3o importante e necess\u00e1ria nos coloca em risco quando o seu uso n\u00e3o \u00e9 adequado. Pode, assim, causar depend\u00eancia, isolamento e perda de contato com a realidade concreta, o que pode gerar dificuldades de rela\u00e7\u00f5es interpessoais verdadeiras. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A conex\u00e3o digital <\/a>deve ser vista como aliada aos processos organizacionais e de comunica\u00e7\u00e3o pessoal, mas n\u00e3o basta para lan\u00e7ar pontes, n\u00e3o sendo capaz de unir a humanidade por si s\u00f3. As redes<\/a> nos levam \u00e0 perda de escuta ao outro obstruindo, com isso, muitas vezes, o di\u00e1logo concreto.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n E o Papa fecha o primeiro cap\u00edtulo nos animando, dizendo que a esperan\u00e7a \u00e9 ousada, que possamos nos abrir aos grandes ideais que tornam a vida mais bela e digna e finaliza: \u201ccaminhemos na esperan\u00e7a\u201d (55).<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n No cap\u00edtulo II<\/strong>, \u2018ele\u2019 nos brinda com o t\u00edtulo \u201cUm estranho no caminho\u201d e simboliza o conte\u00fado com a par\u00e1bola do bom Samaritano. Nos faz perceber que, dadas as sombras e tantas quest\u00f5es sociais \u2018vultosas\u2019, vamos precisar da espiritualidade, que moveu S\u00e3o Francisco, para ver, sentir compaix\u00e3o e cuidar das situa\u00e7\u00f5es de sofrimento do nosso dia a dia.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A par\u00e1bola nos apresenta alguns personagens bem sugestivos e intrigantes. O ferido \u00e9 algu\u00e9m que foi atacado e deixado semimorto ao largo da estrada. Mas quem \u00e9 o ferido? Seu nome, sua religi\u00e3o, sua casa? N\u00e3o importa, o que cabe aqui \u00e9 identific\u00e1-lo como o nosso pr\u00f3ximo, n\u00e3o sendo relevante saber de onde e quanto vale. Seu valor \u00e9 pelo fato de ser o outro, para quem devemos pautar nosso olhar de compaix\u00e3o<\/strong> e nos aproximar.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Os salteadores, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos quem s\u00e3o. Pode ser qualquer um ou qualquer institui\u00e7\u00e3o que agride, que explora, usurpa, humilha, que mata, que destr\u00f3i muitos cora\u00e7\u00f5es, hist\u00f3rias e reputa\u00e7\u00f5es. \u00c9 o explorador que devemos identificar e combater, tal o poder e a for\u00e7a de sua sombra sobre a luz do outro ou do mais fraco na maioria das vezes.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Aqueles que passam pelo caminho e n\u00e3o se det\u00eam (o levita e o sacerdote) s\u00e3o pessoas que ostentam t\u00edtulos, t\u00eam classe, que conhecem e talvez sigam as leis, mas n\u00e3o t\u00eam o el\u00e3 pr\u00e1tico em fazer com que a lei saia do papel e se torne letra viva e promova a dignidade e a vida. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n O levita e o sacerdote representam todos n\u00f3s, quando n\u00e3o somos tocados e movidos \u00e0 a\u00e7\u00e3o pelas calamidades e atos praticados pelos outros e que desencadeiam situa\u00e7\u00f5es de sofrimento ao nosso pr\u00f3ximo. Esse desprezo pelo outro nos mostra que crer em Deus e o adorar n\u00e3o bastam e n\u00e3o \u00e9 garantia de viver como agrada a Deus (74).<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n E o Samaritano \u00e9 aquele que, independentemente da situa\u00e7\u00e3o do outro, seja este amigo ou inimigo (como se comportavam os judeus e os samaritanos), cidad\u00e3o local ou migrante, crente ou agn\u00f3stico, conhecido ou n\u00e3o, deve acolher, cuidar, pelo simples fato de ser, o ferido, o seu pr\u00f3ximo naquele momento e naquele lugar. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n O Samaritano n\u00e3o se pautou por leis ou quaisquer amarras. N\u00e3o sabemos o que ele fez, fazia ou faria, mas importa que ele deixou tudo, parou, compadeceu-se e cuidou daquele homem, e o Papa, a partir desse contexto nos provoca, \u201ccom quem te identificas? A qual deles te assemelha?\u201d (64).<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A grande ou uma das li\u00e7\u00f5es \u00e9, \u201cdiante de tanta dor \u00e0 vista de tantas feridas (num mundo permeado de sombras), a \u00fanica via de sa\u00edda, o singular jeito de agir, \u00e9 ser como o bom Samaritano.\u201d Do contr\u00e1rio, ao acostumarmos com situa\u00e7\u00f5es semelhantes e passarmos ao largo como o levita e o sacerdote, estaremos mergulhados no pecado da indiferen\u00e7a. Na sequ\u00eancia, o Papa nos prop\u00f5e um recome\u00e7o. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Segundo ele, \u201ca cada dia nos \u00e9 oferecida uma nova oportunidade, uma etapa nova. N\u00e3o devemos esperar tudo daqueles que nos governam, seria infantil. Gozamos dum espa\u00e7o de corresponsabilidade capaz de iniciar e gerar novos processos e transforma\u00e7\u00f5es\u201c(77). As possibilidades s\u00e3o diversas, sejam nos conselhos municipais onde se desenvolvem a se articulam as pol\u00edticas p\u00fablicas dos munic\u00edpios, ou como volunt\u00e1rios nas entidades sem fins lucrativos<\/strong> (ILPIs, hospitais, pres\u00eddios, creches, etc.).<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A enc\u00edclica nos mostra, tamb\u00e9m, que n\u00e3o devemos fazer sozinhos. O texto \u00e9 imperativo (78). O Samaritano procurou um estalajadeiro. Procuremos as institui\u00e7\u00f5es, as autoridades, governantes e outros para unirmos nossas for\u00e7as e transformar a realidade, mesmo que seja a partir de uma \u00fanica pessoa.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n E o cap\u00edtulo se encerra expondo a tristeza papal pela Igreja ter demorado tanto a condenar energicamente a escravatura e v\u00e1rias formas de viol\u00eancia. Mas nos alerta e nos incita a n\u00e3o termos desculpas hoje, dizendo que \u201ca f\u00e9, com o humanismo que inspira, deve manter vivo um sentido cr\u00edtico perante estas tend\u00eancias e ajudar a reagir rapidamente quando come\u00e7am a insinuar-se situa\u00e7\u00f5es que denotam desprezo, xenofobia, nacionalismo fechado e at\u00e9 maus tratos \u00e0queles que s\u00e3o diferentes\u201d (86).<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Matem\u00e1tico, Mestre em Engenharia Metal\u00fargica e Especialista em Gest\u00e3o Estrat\u00e9gica. Superintendente do Axis Instituto e Consultor Organizacional S\u00eanior. Professor de Gradua\u00e7\u00e3o e Especializa\u00e7\u00e3o: UIT\/Ita\u00fana, Instituto Santo Tom\u00e1s de Aquino (ISTA) e Faculdade Vicentina de Curitiba (FAVI). Cursando Teologia e aluno da Escola Diaconal da Diocese de Divin\u00f3polis\/MG.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\nOs cap\u00edtulos<\/strong><\/h2>\n
Cap\u00edtulo I<\/strong><\/h3>\n
Cap\u00edtulo II<\/strong><\/h3>\n
[Continua]<\/i><\/strong><\/h4>
<\/i><\/strong><\/div>\n
\nSobre o autor (Adilson Souza, MSc):<\/em><\/h4>\n
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