{"id":31355,"date":"2022-01-18T15:39:27","date_gmt":"2022-01-18T18:39:27","guid":{"rendered":"https:\/\/www.axisinstituto.com.br\/blog\/?p=31355"},"modified":"2023-02-02T15:54:51","modified_gmt":"2023-02-02T18:54:51","slug":"identidade-fortalecimento-instituicoes-catolicas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.axisinstituto.com.br\/blog\/identidade-fortalecimento-instituicoes-catolicas\/","title":{"rendered":"Identidade como fator de fortalecimento das institui\u00e7\u00f5es confessionais"},"content":{"rendered":"\t\t
<\/p>\n
(Por Dr. Sebasti\u00e3o Castro)<\/strong><\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n A longevidade das institui\u00e7\u00f5es<\/strong> confessionais cat\u00f3licas, sempre admirada por quem as estuda ou por quem nelas labora, adv\u00e9m e depende de uma s\u00e9rie de fatores que merecem, por si s\u00f3, estudos aprofundados. Nesse rol de fatores, certamente um dos mais marcantes \u00e9 a identidade<\/a> dessas institui\u00e7\u00f5es.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Identidade<\/strong>, para efeitos deste artigo, \u00e9 aquilo que se constitui a partir de tra\u00e7os que se repetem[1]<\/a>, nas institui\u00e7\u00f5es, ao longo dos anos. Com microvaria\u00e7\u00f5es e evolu\u00e7\u00f5es, ao longo de d\u00e9cadas e s\u00e9culos, tais repeti\u00e7\u00f5es de tra\u00e7os, elementos culturais, s\u00edmbolos e outras marcas, caracterizam e constituem a identidade, tornando uma institui\u00e7\u00e3o distinta de outras. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n E o que se constitui, com a repeti\u00e7\u00e3o de tra\u00e7os? A imagem da institui\u00e7\u00e3o, a percep\u00e7\u00e3o<\/strong>, interna e externa, que se tem dela, os sentimentos atrelados a ela, as ideias que se faz a respeito da institui\u00e7\u00e3o, os conceitos que se atribui a ela.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Em termos mais objetivos, a identidade pode ser conhecida, ou ser tornada consciente, a partir de seus tra\u00e7os tang\u00edveis e intang\u00edveis. <\/p>\n<\/blockquote>\n <\/p>\n <\/p>\n Exemplos de tra\u00e7os tang\u00edveis s\u00e3o: objetos deixados pelos fundadores; objetos utilizados no dia a dia pelos religiosos (crucifixo, an\u00e9is, h\u00e1bitos<\/strong>); elementos visuais da logomarca e das edifica\u00e7\u00f5es (cores, texturas, tipos gr\u00e1ficos utilizados nas fachadas e na papelaria, elementos arquitet\u00f4nicos espec\u00edficos e comuns a todas as obras); documentos (atas de funda\u00e7\u00e3o, estatutos, livros dos fundadores, artigos escritos pelos antecessores). <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Todos esses elementos ou tra\u00e7os identit\u00e1rios precisam ser reconhecidos, estudados e apropriados pelos religiosos, se se empreende um processo de reconhecimento e aprofundamento de sua identidade institucional<\/strong>.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Esses elementos tang\u00edveis s\u00e3o \u201cs\u00ednteses hist\u00f3rico-afetivas\u201d da institui\u00e7\u00e3o, trazendo \u201cdentro de si<\/a>\u201d dimens\u00f5es profundas de significado que, por isso mesmo, precisam ser revividas, conhecidas por todos, tornadas \u201cconscientes\u201d para todos os membros da institui\u00e7\u00e3o. Trata-se de um avivamento, de um \u201ctrazer \u00e0 vida\u201d aquilo que, de certo modo, jaz j\u00e1 inerte e \u201cmorto\u201d. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Muitas vezes distante do presente, a exemplo de um objeto pessoal do fundador, tal objeto s\u00edntese precisa novamente \u201cganhar vida\u201d, abrindo para o mundo, para os mais jovens, todos os significados ali encerrados. Suas dimens\u00f5es hist\u00f3ricas e afetivas precisam ser estudadas, conhecidas, avivadas. <\/p>\n \u00c9 preciso que se deixe tais objetos \u201cfalarem por si mesmos\u201d; necess\u00e1rio \u00e9 que se tornem compreendidos e relacionados aos contextos da vida vivida pelos fundadores, em suas dimens\u00f5es pessoais, sociais, antropol\u00f3gicas, pol\u00edticas, econ\u00f4micas, espirituais<\/strong>. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Aprofundar a identidade, a partir de elementos concretos, significa debru\u00e7ar-se sobre a Hist\u00f3ria da Congrega\u00e7\u00e3o<\/strong>, em seus meandros e nuances, buscando significados e sentidos vividos e tamb\u00e9m aqueles atribu\u00eddos a tais objetos ao longo do percurso hist\u00f3rico da institui\u00e7\u00e3o. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Precisa ser uma busca intencional e inquisitiva, que procure penetrar por camadas mais profundas, nem sempre acess\u00edveis ao primeiro toque ou \u00e0 primeira leitura. \u00c9 importante lembrar que os tra\u00e7os tang\u00edveis trazem consigo significados que s\u00e3o intang\u00edveis, que est\u00e3o na ordem do simb\u00f3lico. <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n O que se busca, portanto, n\u00e3o \u00e9 a materialidade em si mesma de tais elementos, mas aquilo a que essa materialidade<\/strong> remete ou aquilo a que se refere, nas dimens\u00f5es simb\u00f3licas<\/strong>.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n [1]<\/a> Do latim \u201cidentitas\u201d, \u201cidentiden\u201d, de \u201cidem et idem\u201d, ou seja,\u201d o mesmo e o mesmo\u201d \u2013 www.etymonline.com<\/a>; ou seja, aquilo que se repete, dia ap\u00f3s dia.<\/em><\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\nIntrodu\u00e7\u00e3o<\/strong><\/h2>\n
Como trabalhar a identidade?<\/strong><\/h2>\n
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[Continua]<\/i><\/strong><\/h4>\n
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