{"id":29107,"date":"2016-11-21T08:36:57","date_gmt":"2016-11-21T10:36:57","guid":{"rendered":"http:\/\/www.axisinstituto.com.br\/?p=29107"},"modified":"2020-10-05T10:00:41","modified_gmt":"2020-10-05T13:00:41","slug":"papa-fecha-porta-santa-da-basilica-de-sao-pedro","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.axisinstituto.com.br\/blog\/papa-fecha-porta-santa-da-basilica-de-sao-pedro\/","title":{"rendered":"Papa fecha Porta Santa da Bas\u00edlica de S\u00e3o Pedro"},"content":{"rendered":"
O Papa Francisco presidiu, neste domingo (20\/11), Solenidade de Cristo Rei, a missa de encerramento do Jubileu da Miseric\u00f3rdia com o fechamento da Porta Santa da Bas\u00edlica de S\u00e3o Pedro.<\/p>\n
\u201cA solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo coroa o ano lit\u00fargico e este Ano Santo da Miseric\u00f3rdia. O Evangelho apresenta a realeza de Jesus no auge de sua obra salvadora e o faz de maneira surpreendente. \u00abO Messias de Deus, o Eleito, (\u2026) o Rei\u00bb aparece sem poder nem gl\u00f3ria: est\u00e1 na cruz, onde parece mais um vencido do que um vencedor. A sua realeza \u00e9 paradoxal: o seu trono \u00e9 a cruz; a sua coroa \u00e9 de espinhos; n\u00e3o tem um cetro e n\u00e3o usa vestidos suntuosos, mas \u00e9 privado da pr\u00f3pria t\u00fanica; n\u00e3o tem an\u00e9is brilhantes nos dedos, mas as m\u00e3os transpassadas pelos pregos; n\u00e3o possui um tesouro, mas \u00e9 vendido por trinta moedas.\u201d<\/p>\n
Amor humilde<\/strong><\/p>\n \u201cO Reino de Jesus n\u00e3o \u00e9 deste mundo, mas Nele \u2013 como nos diz o Ap\u00f3stolo Paulo na segunda leitura, encontramos a reden\u00e7\u00e3o e o perd\u00e3o, pois a grandeza do seu reino n\u00e3o est\u00e1 na for\u00e7a segundo o mundo, mas no amor de Deus, um amor capaz de alcan\u00e7ar e restaurar todas as coisas. Por este amor, Cristo abaixou-se at\u00e9 n\u00f3s, viveu a nossa mis\u00e9ria humana, provou a nossa condi\u00e7\u00e3o mais \u00ednfima: a injusti\u00e7a, a trai\u00e7\u00e3o, o abandono; experimentou a morte, o sepulcro, a morada dos mortos. Assim, se aventurou o nosso Rei at\u00e9 os confins do universo, para abra\u00e7ar e salvar todo o vivente. N\u00e3o nos condenou, nem sequer nos conquistou, nunca violou a nossa liberdade, mas abriu caminho com o amor humilde, que tudo desculpa, tudo espera, tudo suporta. Somente este amor venceu e continua vencendo os nossos grandes advers\u00e1rios: o pecado, a morte e o medo.\u201d<\/p>\n \u201cSeria demasiado pouco crer que Jesus \u00e9 Rei do universo e centro da hist\u00f3ria, sem faz\u00ea-lo tornar-se Senhor de nossa vida\u201d. E o Papa citou tr\u00eas personagens presentes no Evangelho deste domingo.<\/p>\n Dist\u00e2ncia<\/strong><\/p>\n O primeiro personagem, o povo, que \u201cpermanece longe, a ver o que sucedia. \u00c9 o mesmo povo que, levado pelas pr\u00f3prias necessidades, se aglomerava em torno de Jesus e, agora, se mant\u00e9m \u00e0 dist\u00e2ncia. Diante das circunst\u00e2ncias da vida ou de nossas expectativas n\u00e3o realizadas, podemos tamb\u00e9m n\u00f3s ser tentados a manter dist\u00e2ncia da realeza de Jesus, n\u00e3o aceitando completamente o esc\u00e2ndalo do seu amor humilde, que interpela o nosso eu e o desassossega. Prefere-se ficar \u00e0 janela, afastado, em vez de se aproximar e fazer-se pr\u00f3ximo. Mas o povo santo, que tem Jesus como Rei, \u00e9 chamado a seguir o seu caminho de amor concreto; a interrogar-se diariamente: \u00abO que me pede o amor, para onde me impele? Que resposta dou a Jesus com a minha vida?\u00bb<\/p>\n Zombaria<\/strong><\/p>\n O segundo grupo s\u00e3o v\u00e1rios personagens: os chefes do povo, os soldados e um dos malfeitores. Todos eles zombam de Jesus, dirigindo-Lhe a mesma provoca\u00e7\u00e3o: \u00abQue salve a si mesmo\u00bb. \u00c9 uma tenta\u00e7\u00e3o pior que a do povo. Aqui tentam Jesus, como fez o diabo ao in\u00edcio do Evangelho para que renuncie a reinar \u00e0 maneira de Deus e o fa\u00e7a segundo a l\u00f3gica do mundo: des\u00e7a da cruz e derrote os inimigos! Se \u00e9 Deus, demonstre for\u00e7a e superioridade! Esta tenta\u00e7\u00e3o \u00e9 um ataque contra o amor: \u00abSalve a si mesmo\u00bb (Lc 23, 37.39); n\u00e3o os outros, mas a si mesmo. Prevale\u00e7a o eu com a sua for\u00e7a, a sua gl\u00f3ria, o seu sucesso. \u00c9 a tenta\u00e7\u00e3o mais terr\u00edvel; a primeira e a \u00faltima do Evangelho. Entretanto Jesus, diante desse ataque ao seu pr\u00f3prio modo de ser, n\u00e3o fala, n\u00e3o reage. N\u00e3o se defende, n\u00e3o tenta convencer, n\u00e3o h\u00e1 uma apolog\u00e9tica da sua realeza, mas continua a amar, perdoa, vive o momento da prova segundo a vontade do Pai, certo de que o amor dar\u00e1 fruto.\u201d<\/p>\n \u201cPara acolher a realeza de Jesus, somos chamados a lutar contra esta tenta\u00e7\u00e3o, a fixar o olhar no Crucificado, para Lhe sermos fi\u00e9is cada vez mais. Mas, em vez disso, quantas vezes se procuraram \u2013 mesmo entre n\u00f3s \u2013 as seguran\u00e7as gratificantes oferecidas pelo mundo! Quantas vezes nos sentimos tentados a descer da cruz! A for\u00e7a de atra\u00e7\u00e3o que tem o poder e o sucesso pareceu um caminho mais f\u00e1cil e r\u00e1pido para difundir o Evangelho, esquecendo depressa como atua o reino de Deus. Este Ano da Miseric\u00f3rdia convidou-nos a descobrir novamente o centro, a regressar ao essencial. Este tempo de miseric\u00f3rdia nos chama a contemplar o verdadeiro rosto do nosso Rei, aquele que brilha na P\u00e1scoa, e a descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha quando \u00e9 acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor, mission\u00e1ria. A miseric\u00f3rdia, levando-nos ao cora\u00e7\u00e3o do Evangelho, nos exorta tamb\u00e9m a renunciar a h\u00e1bitos e costumes que podem obstaculizar o servi\u00e7o ao reino de Deus, a encontrar a nossa orienta\u00e7\u00e3o apenas na realeza perene e humilde de Jesus, e n\u00e3o na acomoda\u00e7\u00e3o \u00e0s realezas prec\u00e1rias e aos poderes mut\u00e1veis de cada \u00e9poca.\u201d<\/p>\n Abertura<\/strong><\/p>\n O outro personagem, mais perto de Jesus, \u00e9 o malfeitor que o invoca dizendo: \u00abJesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino\u00bb. \u201cCom a simples contempla\u00e7\u00e3o de Jesus, ele acreditou no seu Reino. E n\u00e3o se fechou em si mesmo, mas, com os seus erros, os seus pecados e os seus problemas, dirigiu-se a Jesus. Pediu para ser lembrado, e saboreou a miseric\u00f3rdia de Deus: \u00abHoje estar\u00e1s comigo no Para\u00edso\u00bb. Deus, quando lhe damos tal possibilidade, se lembra de n\u00f3s. Est\u00e1 pronto a apagar completamente e para sempre o pecado, porque a sua mem\u00f3ria n\u00e3o \u00e9 como a nossa: n\u00e3o registra o mal feito, nem continua a ter em conta as ofensas sofridas. Deus n\u00e3o tem mem\u00f3ria do pecado, mas de n\u00f3s, de cada um de n\u00f3s, seus filhos amados. E cr\u00ea que \u00e9 sempre poss\u00edvel recome\u00e7ar, levantar-se\u201d, disse o Papa.<\/p>\n Cristo, porta da miseric\u00f3rdia<\/strong><\/p>\n Francisco nos convidou a pedir \u201co dom desta mem\u00f3ria aberta e viva\u201d. \u201cPe\u00e7amos a gra\u00e7a de n\u00e3o fechar nunca as portas da reconcilia\u00e7\u00e3o e do perd\u00e3o, mas saber ir al\u00e9m do mal e das diverg\u00eancias, abrindo todas as vias poss\u00edveis de esperan\u00e7a. Assim como Deus acredita em n\u00f3s, infinitamente para al\u00e9m de nossos m\u00e9ritos, tamb\u00e9m n\u00f3s somos chamados a infundir esperan\u00e7a e a dar uma oportunidade aos outros. Com efeito, embora se feche a Porta Santa, continua sempre escancarada para n\u00f3s a verdadeira porta da miseric\u00f3rdia que \u00e9 o Cora\u00e7\u00e3o de Cristo. Do lado transpassado do Ressuscitado jorram at\u00e9 o fim dos tempos a miseric\u00f3rdia, a consola\u00e7\u00e3o e a esperan\u00e7a\u201d, frisou o Pont\u00edfice.<\/p>\n \u201cMuitos peregrinos atravessaram as Portas Santas e, longe do fragor dos notici\u00e1rios, saborearam a grande bondade do Senhor. Agrade\u00e7amos ao Senhor por isso e recordemo-nos de que fomos investidos em miseric\u00f3rdia para nos revestir de sentimentos de miseric\u00f3rdia, para nos tornarmos instrumentos de miseric\u00f3rdia. Prossigamos, juntos, este nosso caminho. Acompanhe-nos Nossa Senhora! Ela tamb\u00e9m estava junto da cruz; l\u00e1 nos deu \u00e0 luz enquanto terna M\u00e3e da Igreja, que a todos deseja abrigar sob o seu manto. Ao p\u00e9 da cruz, Ela viu o bom ladr\u00e3o receber o perd\u00e3o e tomou o disc\u00edpulo de Jesus como seu filho. \u00c9 a M\u00e3e de miseric\u00f3rdia, a quem nos confiamos: toda situa\u00e7\u00e3o nossa, toda ora\u00e7\u00e3o nossa, dirigida aos seus olhos misericordiosos, n\u00e3o ficar\u00e1 sem resposta.\u201d<\/p>\n Segundo a Gendarmaria Vaticana, participaram da missa de encerramento do Jubileu da Miseric\u00f3rdia, presidida pelo Papa Francisco, cerca de 70 mil pessoas.<\/p>\n FONTE: R\u00e1dio Vaticano<\/p>\n [embedyt] http:\/\/www.youtube.com\/watch?v=N7Anrq76esU[\/embedyt]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O Papa Francisco presidiu, neste domingo (20\/11), Solenidade de Cristo Rei, a missa de encerramento do Jubileu da Miseric\u00f3rdia com […]<\/p>\n