{"id":32609,"date":"2022-09-06T12:34:19","date_gmt":"2022-09-06T15:34:19","guid":{"rendered":"https:\/\/www.axisinstituto.com.br\/blog\/?page_id=32609"},"modified":"2022-09-08T12:24:45","modified_gmt":"2022-09-08T15:24:45","slug":"boletim-tecnico-marco","status":"publish","type":"page","link":"https:\/\/www.axisinstituto.com.br\/blog\/boletim-tecnico-marco\/","title":{"rendered":"Boletim T\u00e9cnico [Mar\u00e7o]"},"content":{"rendered":"\t\t
64\u00aa Edi\u00e7\u00e3o! \u00a0<\/strong><\/p> A exemplo de anos anteriores, disponibilizamos, atrav\u00e9s do\u00a0AXIS Boletim T\u00e9cnico<\/strong>, informa\u00e7\u00f5es que visam colaborar com o processo de tomada de decis\u00e3o, notadamente, neste ano de\u00a02022<\/strong>\u00a0em que se prolonga o delicado quadro decorrente dos impactos humanos, sociais e econ\u00f4micos provocados pelo coronav\u00edrus.<\/p> Estamos \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o, especialmente, atrav\u00e9s dos meios eletr\u00f4nicos de comunica\u00e7\u00e3o (telefone,\u00a0e-mails, Whatsapps, Skype, Teams e Zoom<\/em>), para o atendimento a todos os clientes e n\u00e3o clientes, caso necessitem de algum apoio, dentro do nosso escopo de atua\u00e7\u00e3o.\u00a0PERMANECEMOS EM ORA\u00c7\u00c3O E FIRMES NA F\u00c9!<\/strong><\/p>\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t O Papa Francisco promulgou em 19\/03\/2022 a nova Constitui\u00e7\u00e3o Apost\u00f3lica sobre a C\u00faria Romana e seu servi\u00e7o \u00e0 Igreja e ao mundo\u00a0Praedicate evangelium<\/em>, que entrar\u00e1 em vigor em 05\/06\/2022. Essa nova Constitui\u00e7\u00e3o foi constru\u00edda por meio de um longo processo de escuta iniciado com as Congrega\u00e7\u00f5es Gerais que antecederam o Conclave de 2013. A nova Constitui\u00e7\u00e3o, que substitui a \u201cPastor Bonus<\/em>\u201d de Jo\u00e3o Paulo II – promulgada em 28\/06\/1988 e em vigor desde 1\u00ba de mar\u00e7o de 1989 – cont\u00e9m 250 itens. De acordo com a nova Constitui\u00e7\u00e3o, a C\u00faria Romana \u00e9 composta pela Secretaria de Estado, pelos Dicast\u00e9rios e pelos Organismos, todos juridicamente iguais entre si. Outro destaque \u00e9 a defini\u00e7\u00e3o de que \u201ctodo crist\u00e3o, em virtude do Batismo, \u00e9 um disc\u00edpulo-mission\u00e1rio na medida em que encontrou o amor de Deus em Cristo Jesus. N\u00e3o se pode ignorar isso na atualiza\u00e7\u00e3o da C\u00faria, cuja reforma, portanto, deve incluir o envolvimento de leigas e leigos, tamb\u00e9m em pap\u00e9is de governan\u00e7a e responsabilidade\u201d. Tamb\u00e9m definiu-se que, “em regra, passados\u200b\u200bcinco anos, os Oficiais cl\u00e9rigos e membros dos Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apost\u00f3lica que tenham servido nas Institui\u00e7\u00f5es e Of\u00edcios da C\u00faria voltam \u00e0 pastoral na sua Diocese\/Eparquia, ou nos Institutos ou Sociedades a que pertencem. Se os Superiores da C\u00faria Romana o julgarem oportuno, o servi\u00e7o pode ser prorrogado por mais cinco anos\u201d.<\/p>\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t No julgamento do RE 630.790, encerrado em\u00a019\/03\/2022, o Supremo Tribunal Federal (STF), em ac\u00f3rd\u00e3o un\u00e2nime conduzido pelo voto do Relator, Ministro Roberto Barroso, decidiu sobre o alcance da imunidade das entidades assistenciais sem fins lucrativos, fixando a seguinte tese: \u201cAs\u00a0entidades religiosas<\/strong>\u00a0podem se caracterizar como institui\u00e7\u00f5es de assist\u00eancia social a fim de se beneficiarem da imunidade tribut\u00e1ria prevista no art. 150, VI, c, da Constitui\u00e7\u00e3o, que abranger\u00e1 n\u00e3o s\u00f3 os impostos sobre o seu patrim\u00f4nio, renda e servi\u00e7os, mas tamb\u00e9m os impostos sobre a importa\u00e7\u00e3o de bens a serem utilizados na consecu\u00e7\u00e3o de seus objetivos estatut\u00e1rios\u201d. Ressaltou-se, nessa decis\u00e3o, que o STF vem conferindo amplitude \u00e0 norma constitucional imunizante, de modo a abranger todos os impostos que de alguma forma possam desfalcar o patrim\u00f4nio, prejudicar as atividades ou reduzir as rendas da entidade imune, ainda que estejam apenas indiretamente relacionados com as suas finalidades essenciais.\u00a0 Havendo correspond\u00eancia entre o recurso obtido e a aplica\u00e7\u00e3o nas finalidades essenciais, restar\u00e1 configurado o exigido pelo texto constitucional.\u00a0Dessa forma, o alcance da imunidade \u00e9 determinado pela destina\u00e7\u00e3o dos recursos auferidos pela entidade e n\u00e3o pela origem ou natureza da renda.<\/strong><\/p>\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t Foi publicada no DOU de 28\/03\/2022, a Medida Provis\u00f3ria n.\u00ba 1.108, de 25\/03\/2022, que disp\u00f5e sobre o pagamento de aux\u00edlio-alimenta\u00e7\u00e3o de que trata o \u00a7 2\u00ba do art. 457 da Consolida\u00e7\u00e3o das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n.\u00ba 5.452\/1943, e altera a Lei n.\u00ba 6.321\/1976. Quanto ao aux\u00edlio-alimenta\u00e7\u00e3o, as import\u00e2ncias dever\u00e3o ser utilizadas exclusivamente para o pagamento de refei\u00e7\u00f5es em restaurantes e estabelecimentos similares ou para a aquisi\u00e7\u00e3o de g\u00eaneros aliment\u00edcios em estabelecimentos comerciais. Sobre o teletrabalho ou trabalho remoto, considera-se a presta\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os fora das depend\u00eancias do empregador, de maneira preponderante ou n\u00e3o, com a utiliza\u00e7\u00e3o de tecnologias de informa\u00e7\u00e3o e de comunica\u00e7\u00e3o que, por sua natureza, n\u00e3o se configure como trabalho externo. O empregado submetido ao regime de teletrabalho ou trabalho remoto poder\u00e1 prestar servi\u00e7os por jornada ou por produ\u00e7\u00e3o ou tarefa. Fica permitida a ado\u00e7\u00e3o do regime de teletrabalho ou trabalho remoto para estagi\u00e1rios e aprendizes.<\/p> \u00a0<\/p>\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t Importante decis\u00e3o judicial proferida pelo Superior Tribunal de Justi\u00e7a (STJ) definiu que Associa\u00e7\u00f5es civis sem fins lucrativos com finalidade e atividades econ\u00f4micas det\u00eam legitimidade para requerer recupera\u00e7\u00e3o judicial. Nessa decis\u00e3o, ressaltou-se que apesar de n\u00e3o se enquadrarem literalmente nos conceitos de empres\u00e1rio e sociedade empres\u00e1ria do art. 1\u00ba da Lei n.\u00ba 11.101\/2005 para fins de recupera\u00e7\u00e3o judicial, as associa\u00e7\u00f5es civis tamb\u00e9m n\u00e3o est\u00e3o inseridas no rol dos agentes econ\u00f4micos exclu\u00eddos de sua sujei\u00e7\u00e3o. Tamb\u00e9m, em diversas circunst\u00e2ncias, as associa\u00e7\u00f5es civis sem fins lucrativos acabam se estruturando como verdadeiras empresas do ponto de vista econ\u00f4mico, em que, apesar de n\u00e3o distribu\u00edrem o lucro entre os s\u00f3cios, exercem atividade econ\u00f4mica organizada para a produ\u00e7\u00e3o e\/ou a circula\u00e7\u00e3o de bens ou servi\u00e7os, empenhando-se em obter super\u00e1vit financeiro e crescimento patrimonial a ser revertido em prol da pr\u00f3pria entidade e manten\u00e7a de todas as benesses sociais nas quais esteja vinculada. Frisou-se, ainda, que muitas associa\u00e7\u00f5es civis, apesar de n\u00e3o serem sociedade empres\u00e1ria propriamente dita, possuem imenso relevo econ\u00f4mico e social, seja em raz\u00e3o de seu objeto, seja pelo desempenho de atividades, perfazendo direitos sociais e fundamentais onde muitas vezes o estado \u00e9 omisso e ineficiente, criando empregos, tributos, renda e benef\u00edcios econ\u00f4micos e sociais.<\/p>\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou o seu entendimento de que o Imposto sobre Transmiss\u00e3o Causa Mortis e de Doa\u00e7\u00e3o de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD), nas doa\u00e7\u00f5es e heran\u00e7as institu\u00eddas no exterior, n\u00e3o pode ser regulamentado pelos estados e pelo Distrito Federal, em raz\u00e3o da aus\u00eancia de lei complementar federal sobre a mat\u00e9ria. Assim, os estados e o DF n\u00e3o t\u00eam compet\u00eancia legislativa para instituir a cobran\u00e7a do imposto quando o doador tiver domic\u00edlio ou resid\u00eancia no exterior, ou se a pessoa falecida possuir bens, tiver sido residente ou domiciliada ou tiver seu invent\u00e1rio processado no exterior.<\/p>\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t O Tribunal Superior do Trabalho (TST) indeferiu o pedido de equipara\u00e7\u00e3o salarial de uma gerente comercial de Macei\u00f3 (AL) com outros gerentes sediados em diferentes capitais da Regi\u00e3o Nordeste. De acordo com o TST, a equipara\u00e7\u00e3o n\u00e3o pode ser deferida porque o crit\u00e9rio de mesma localidade, exigido por lei, n\u00e3o foi atendido. Nesse julgamento, prevaleceu o disposto no artigo 461 da CLT, que estabelece que a isonomia salarial \u00e9 devida, entre outros requisitos, a trabalhadores situados \u201cna mesma localidade\u201d. Destacou-se, ainda, que embora a jurisprud\u00eancia do TST venha flexibilizando esse conceito para abranger munic\u00edpios lim\u00edtrofes ou integrados \u00e0 mesma regi\u00e3o socioecon\u00f4mica, o caso n\u00e3o se confunde com essas situa\u00e7\u00f5es.<\/p>\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a penhora de bem de fam\u00edlia pertencente a fiador de contratos de loca\u00e7\u00e3o residenciais e comerciais. Para o Ministro relator, Alexandre de Moraes, o direito \u00e0 moradia, inserido na Constitui\u00e7\u00e3o Federal entre os direitos sociais, n\u00e3o \u00e9 absoluto. Tal direito deve ser sopesado com a livre iniciativa do locat\u00e1rio em estabelecer seu empreendimento, direito fundamental tamb\u00e9m previsto na Constitui\u00e7\u00e3o Federal (artigos 1\u00ba, inciso IV e 170, caput), e com a autonomia de vontade do fiador que, de forma livre e espont\u00e2nea, garantiu o contrato. Destacou-se que a livre iniciativa n\u00e3o deve encontrar limite no direito \u00e0 moradia quando o pr\u00f3prio detentor desse direito, por sua pr\u00f3pria vontade, assume obriga\u00e7\u00e3o capaz de limitar seu direito \u00e0 moradia.<\/p>\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\tENTRA EM VIGOR A PARTIR DE 05\/06\/2022 A\n\nCONSTITUI\u00c7\u00c3O APOST\u00d3LICA PRAEDICATE EVANGELIUM\n\nSOBRE A C\u00daRIA ROMANA<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t
IMPORTANTE JULGAMENTO DO STF RECONHECENDO A IMUNIDADE SOBRE ATIVIDADES DE ASSIST\u00caNCIA SOCIAL DESENVOLVIDAS POR ORGANIZA\u00c7\u00d5ES RELIGIOSAS<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t
\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t
MEDIDA PROVIS\u00d3RIA ALTERA NORMAS TRABALHISTAS, ESPECIALMENTE\n\nO REGIME DE TELETRABALHO OU TRABALHO REMOTO<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t
ASSOCIA\u00c7\u00d5ES CIVIS SEM FINS LUCRATIVOS TAMB\u00c9M PODEM REQUERER RECUPERA\u00c7\u00c3O JUDICIAL - AgInt no TP 3.654-RS<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t
ESTADOS N\u00c3O PODEM COBRAR IMPOSTO SOBRE HERAN\u00c7AS\n\nORIUNDAS DO EXTERIOR,\n\nDECIDE O STF<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t
EQUIPARA\u00c7\u00c3O SALARIAL \u2013 TST NEGA POR FALTA DE REQUISITOS A SEREM OBSERVADOS<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t
\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t
ANTES DE SER FIADOR EM QUALQUER CONTRATO, \u00c9 IMPORTANTE ATENTAR\n\nPARA ESSA DECIS\u00c3O DO STF<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t